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🌿 Maternidade e Carreira: E se não for sobre voltar, mas sobre voar diferente?



A maternidade é uma transformação profunda — física, emocional, mental e identitária. Ela atravessa a mulher por inteiro. Mas, ao contrário do que muitas vezes se supõe, não apaga sua potência profissional. Pelo contrário: muitas mulheres relatam que, após se tornarem mães, desenvolveram novas habilidades, amadureceram suas prioridades e passaram a desejar um trabalho com mais sentido e presença.


Ainda assim, o mercado de trabalho nem sempre está pronto para acolher essa mulher que renasce.


📉 O peso silencioso da maternidade na carreira

Dados recentes mostram um padrão persistente:

  • Quase 50% das mulheres que tiram licença-maternidade são demitidas em até dois anos após o retorno.

  • Mães com filhos pequenos têm uma taxa de ocupação 13 pontos percentuais menor do que mulheres sem filhos.

  • Mulheres mães solo recebem, em média, 39% menos do que homens com filhos.

Além disso, muitas mães relatam preconceito sutil ou explícito no ambiente de trabalho — desde a perda de oportunidades até comentários que questionam sua produtividade ou “disponibilidade”.


🧭 A economia do cuidado: o que está por trás dessa desigualdade?

Segundo o especial do jornal O Povo (junho/2024), a economia do cuidado — ou seja, o tempo investido por mulheres em atividades como cuidado com filhos, idosos e casa — é um trabalho invisível e não remunerado que sustenta a base da sociedade.

Mesmo nos lares em que há divisão formal de tarefas, as mulheres ainda dedicam em média o dobro do tempo dos homens ao cuidado e à manutenção doméstica. Isso limita sua disponibilidade para o mercado de trabalho, afeta sua renda e compromete sua autonomia financeira.

Esse cuidado, embora essencial, não é valorizado social nem economicamente.



🏆 O que a pesquisa da Nobel Claudia Goldin nos ensina?

Em 2023, a professora de Harvard Claudia Goldin recebeu o Prêmio Nobel de Economia por mostrar, com base em décadas de dados, que a maior parte da desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho está ligada à maternidade.

Goldin evidenciou que:

  • O “gap” de remuneração e ascensão profissional se acentua após o nascimento do primeiro filho

  • As mulheres, mesmo em posições altamente qualificadas, são frequentemente levadas a abandonar ou reduzir suas carreiras

  • A desigualdade não se deve apenas à discriminação direta, mas à estrutura do mercado e à falta de políticas de cuidado e apoio real às mães


🌱 Mas... e se a maternidade for também um portal?

A maternidade pode ser um ponto de virada.Um portal onde a mulher decide rever sua relação com o trabalho, com o tempo, com seus desejos e com sua identidade.

Não se trata de romantizar um processo que é, muitas vezes, exaustivo.Mas de reconhecer que, ao lado do cansaço, nascem também:a capacidade de priorizar, a coragem de dizer “não”, a sensibilidade para criar novos caminhos.


"Quando a mulher encontra espaço para ser mais que mãe, a maternidade pode se tornar potência. Mas quando esse espaço é negado, ela se torna prisão simbólica." (Fernanda Soibelman)


✨ Nova Ardea: uma resposta sensível e prática

Foi desse lugar — entre a escuta clínica e a vivência pessoal da maternidade — que nasceu a Trilha Nova Ardea.

Um percurso online, em grupo, feito para mães que querem reencontrar sua direção profissional com presença, escuta e coragem.

Ardea” é o nome científico da garça, ave que representa a travessia.No xamanismo, ela simboliza os momentos de mudança.E do latim ardere, vem o verbo: arder, queimar, brilhar — a chama interna que continua viva, mesmo quando tudo muda ao redor.

A Nova Ardea é sobre isso: mulheres que pariram o mundo — e agora escolhem criar um novo voo, por elas.

💻 Como funciona

  • 10 encontros online, ao vivo

  • Grupo de até 6 mulheres

  • Início: 18 de junho

  • Facilitação por Ana (psicóloga clínica, orientadora de carreira e mãe) e Eliane (mentora, gestora pública, mãe e avó)

🎁 Um presente possível

Com o Dia das Mães ainda tão presente no calendário e no coração, talvez esse seja o melhor presente:um espaço onde a mulher que cuida também seja cuidada.Onde a escuta venha antes da performance.E onde recomeçar seja mais que possível — seja necessário.

 
 
 

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